Xangai se transforma em metrópole global e vibrante no leste asiático
Em pouco mais de 150 anos, a cidade chinesa passou de uma vila de pescadores a uma das dez maiores cidades do planeta.
Esqueça a China dos templos, dos prédios milenares. Xangai respira o futuro. Por ironia, é o berço do Partido Comunista Chinês, mas tudo na cidade lembra a força do dinheiro.
A dona da noite mais iluminada do "Império do Meio" é uma jovem senhora que olha para o alto. Dos prédios neoclássicos do Bund, o bairro colonizado por ingleses, franceses e americanos, à modernidade de Pudong, o distrito que, há 20 anos, não passava de uma plantação de arroz.
O cartão postal mais moderno da China parece ter saído do desenho dos Jetsons. É uma mistura de Nova York com Las Vegas. Prédios gigantescos, cobertos de néon. Xangai serve de modelo para várias províncias do país e tem uma noite de dar inveja à muita cidade cosmopolita.
Nas vielas que ainda guardam os cheiros e os costumes da velha China, como tomar banho na frente de estranhos, as pessoas jantam na rua.
O inventor da palavra “muvuca” deve ter passado no centro antigo. Haja gente – do mundo inteiro. A chinesa que vive em Lisboa há 20 anos veio matar as saudades. “Acho que aqui é mais moderno. O nível de vida é bom”, diz a música Yao Ki.
Faz sentido: Xangai tem a maior renda per capita da China. Diante do paredão de néon, os estudantes se dizem orgulhosos.
É na balada que a cidade se mostra mais aberta ao mundo. Uma prova do sucesso da caipirinha brasileira é que ela também está aqui em Xangai, em tamanho gigantesco. O empresário sul-africano acha tudo exagerado e contraditório. “Você olha pro lado e não acredita que está num país comunista", explica o madeireiro Hermann Scieh.
Não é para menos. A casa noturna, na cobertura de um prédio de luxo, vende champanhe como água. O bar literalmente pega fogo.
A mineira Alice Fonseca, estudante de mandarim em Xangai, se sente em casa. “É um mix mundial, porque tem gente de todo lugar aqui”.
Pergunto à publicitária francesa se pelo menos na noite de Xangai é possível se sentir completamente livre na China. "Acho que sim. Estou aqui há quatro anos, Xangai é minha casa".Fonte: G1 (Jornal da Globo)
Conheça as curiosidades do país mais populoso do mundo
China vive momento de grande avanço econômico em contraste com más condições de trânsito e trabalho.
O principal cartão postal da China, a Grande Muralha, tem trechos tão íngremes que muita gente fica pelo caminho. Na imensidão da muralha, um pequeno gesto chama a atenção: casais penduram cadeados na esperança de viverem juntos para sempre.
Por aqui e em qualquer atração turística, são tantos chineses que os estrangeiros desaparecem na paisagem. Na famosa Praça da Paz Celestial, a vigilância é total, para evitar confrontos como o de 1989.
Para muitos chineses, o grande mal da China é a falta de liberdade de expressão. Mas a economia continua crescendo. Nas principais cidades, o avanço é visível. A arquitetura é prova disso. O planejamento é um ponto forte. As obras costumam ser entregues antes do prazo e a infraestrutura impressiona. Aeroportos e portos super modernos. Asfalto novo por todo lado.
Pequim tem oito anéis viários, um circundando o outro. Ainda assim, o trânsito é cada vez mais congestionado. Com algumas diferenças: nas cidades mais ricas, quase não se vê carro velho e a diversidade de marcas e modelos é bem maior do que no Brasil.
Por causa das Olimpíadas de 2008, o governo instalou placas em inglês. Mas fora da rota turística, o motorista estrangeiro continua sem entender nada.
Curioso é que os chineses não fazem questão de capacete, mas as mulheres usam acessórios bem estranhos no trânsito. Luvas, viseiras, máscaras. Não é por conta da poluição. "É pra se proteger do Sol", diz uma mulher com luva de veludo em um calor de 30 graus. Para ficar bonita, não pode se bronzear.
Dirigir falando ao telefone é uma infração comum por aqui. Por falar em telefone, em nenhum outro lugar do mundo, há tantos celulares: são 833 milhões.
Apesar da exuberância da economia, os desafios ainda são enormes. As condições de moradia de trabalhadores chineses da construção civil são precárias. Não há camas, apenas tábuas de madeira suspensas sobre tijolos e cobertas com lençóis. São vários que dormem no mesmo ambiente. Estas imagens foram registradas longe da assessoria do governo da China, que não permitiu gravar.
Uma vantagem do país é a segurança pública. A equipe do Jornal Hoje flagrou um homem sendo preso, acusado de furto. Uma cena rara. Na China, a criminalidade é baixíssima se comparada a do Brasil e a de outros países ocidentais.
Mesmo com a abertura ao exterior, os chineses ainda se surpreendem com quem é de fora. Crianças de cabelos claros, então, logo viram atração. Os chineses são extremamente curiosos, não ligam muito para privacidade e vestem coisas bem esquisitas.
Na hora de comer, costumam usar uma mesa redonda com prato giratório no centro. O cardápio é bem mais variado que no Brasil. Numa mesma refeição, come-se de tudo: carne, frango, peixe, frutos do mar e até pata de camelo.
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