Canal do Vestibulano

 Edição: 18/01/2011

Problemas para se inscrever no SiSU continuam a preocupar estudantes

Entre as dificuldades, alunos não conseguem entrar na página, ver suas notas ou concluir as inscrições. Sistema é usado por 83 universidades. 

Guilherme Portanova  
Brasília, DF

 

 

Depois de vários problemas no Enem, o presidente do Inep, Joaquim Soares Neto, foi afastado do cargo. O Ministério da Educação diz que a saída dele já estava acertada, mas nos últimos dias cresceram muito as reclamações de estudantes que não conseguem se inscrever no SiSU, o Sistema de Seleção Unificada.

A estudante Ana Clara Ribeiro passou o domingo em frente ao computador e garantiu a inscrição para medicina, no Rio Grande do Sul. Mas mudou de ideia e até agora não conseguiu alterar a opção.

“Primeiro demorava muito tempo pra abrir qualquer página que fosse, aí quando abria dava erro. Eu voltava pra página anterior e daí perdia tudo, tinha que fazer tudo de novo”, conta Ana Clara.

Ela não foi a única a reclamar. Nos últimos dias o Jornal Hoje recebeu pela internet centenas de mensagens sobre o Enem e o SiSU. Rita Garcia, de Ijuí, no Rio Grande do Sul, diz que os estudantes estão desesperados. Carlos Daniel, de Pérola, no Paraná, relata que não conseguiu concluir a inscrição. Janaína Menezes, da cidade de Cláudio, em Minas Gerais, não teve sequer acesso às notas que tirou no Enem.

A nota do Enem é usada na seleção de alunos por 83 instituições públicas de ensino superior. Com tanta confusão, o Ministério da Educação estendeu até quinta-feira o prazo de inscrições no SiSU, que terminaria hoje. Mas os problemas do último Enem começaram no ano passado, quando 21 mil provas tiveram problemas de impressão e o ministério foi obrigado a refazer parte do exame.

Em nota, o Ministério da Educação, admite as falhas, mas diz que foram temporárias. Afirma também que nenhum estudante que teve acesso aos dados de outros alunos conseguiu fazer mudanças. Quem foi direcionado para página errada, apenas pode ler as informações.

Hoje o Diário Oficial trouxe a exoneração do presidente do Inep, Joaquim Soares Neto. O instituto é responsável pelo Enem. Malvina Tuttman, reitora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, assumirá o cargo.

Enquanto isso, Ana Clara espera conseguir pelo menos falar com o Mec.

“Não tem nem para quem a gente recorrer e falar que não está funcionando. Você liga no Ministério da Educação e eles não te dão um caminho pra falar com outras. Não, eles te jogam isso e é isso. Estando bom ou ruim, você se vira”, relata a estudante.

O MEC tem um telefone para tirar dúvidas. É o 0800-616161. A equipe do Jornal Hoje tentou ligar para esse número, mas não conseguiu contato.

 

Fonte: Jornal Hoje

 

Edição: 08/01/2011

Saiba quais são os dez erros mais comuns na redação do vestibular

Fuga do tema, uso de clichês e letra ilegível estão entre eles.

 

"Ler o tema, fazer um rascunho, ir para as questões e depois voltar à redação é a melhor forma de acertar. Assim como um pão que precisa de um tempo para crescer e ser fermentado", compara a professora Zezé.
 

Vídeos desta reportagem trazem dicas para a redação; assista


O G1 ouviu a coordenadora de português e redação do Etapa, Célia Passoni; a professora de redação do Anglo ABC e Santos, Maria José Grisaro; e o coordenador do Anglo, Alberto Francisco do Nascimento para saber quais são os dez erros mais comuns dos estudantes.  Confira:

1) Fugir do tema:

Esta é uma falha constante que pode fazer com o que o aluno tire nota zero na redação, segundo os educadores. Para não correr o risco de cometê-la, a dica é ler a proposta e grifar as palavras mais importantes.

2) Errar o gênero do texto solicitado:

Este é o tipo de erro que também pode fazer com que o estudante zere na prova. Na tentativa de ser original, segundo Célia Passoni, o candidato chega a escrever uma poesia ou uma narração, quando o que se pede é uma dissertação. Prosa, de acordo com Maria José Grisaro, a professora Zezé, não significa escrever em forma de versos ou diálogos, e sim em parágrafos.

A principal característica da dissertação é a argumentação, ou seja, a defesa de uma tese. Já na narração, conta-se uma história sem ter a necessidade de apresentar explicações.


3) Usar um estilo de texto autoajuda:

“A dissertação não é um bate papo com o leitor e não pode ser interativa”, diz Zezé. Segundo ela, o candidato costuma utilizar uma estrutura linguística presente em livros ou e-mails com mensagens de autoajuda que incluem, por exemplo, a palavra “você.”

4) Apresentar argumentos frágeis, chavões e do senso comum (no caso das dissertações):

Uma boa dissertação – gênero de texto pedido na maioria dos vestibulares – exige argumentos e explicação sólidas e originais. Falsas generalizações como “lugar de mulher é na coisa”, “antes só do que mal acompanhado” ou "loiras são burras" não são considerados argumentos e só empobrecem o texto.

5) ‘Esquecer’ coesão e coerência:

As informações não podem aparecer jogadas no texto e têm de estar unidas. Também é fundamental não utilizar elementos contraditórios.

6) Errar a grafia ou concordância das palavras:

Frases desestruturadas podem comprometer a redação porque a leitura não flui. Em casos de erros crassos, há perda de pontos.

7) Usar verbos no imperativo:

Expressões de ordem ou que representam conversa com o leitor, como “faça sua parte” não devem ser usadas. Desta forma, o vestibulando foge da discussão exigida na dissertação e joga para o leitor a responsabilidade de refletir.

8) Mesclar pessoas gramaticais:

Começar o texto usando ‘nós’, mudar para a terceira pessoa, e encerrar usando ‘eu’, é outro erro comum. Isto mostra que o aluno não segue uma ideia em uma linha única.

9) Usar coloquialismo, gírias ou clichês:

Evite-os, até mesmo, entre aspas. “Usar aspas como dizer ao leitor que o aluno sabe que é uma gíria, por exemplo, mas desconhece a norma culta”, diz Zezé.

10) Escrever de forma ilegível:

Seja cursiva ou de forma, letra legível é fundamental para a limpeza e compreensão total do texto. Ao errar uma palavra, a dica é para riscá-la e continuar escrevendo depois.
Se a Fuvest manter a tendência dos anos anteriores, a redação vai trazer temas abstratos que dão margem às discussões filosóficas e sociológicas, de acordo com os especialistas. Temas como essência humana, trabalho, amizade, cultura dentro da internet e representação por imagens já foram abordados. Assuntos relacionados a crise econômica, geopolítica ou meio ambiente têm menos chances de serem cobrados.

 Fonte: G1

 

Entenda a diferença entre bacharelado, licenciatura e "cursos rápidos"

Da Redação Em São Paulo Ao sair do ensino médio, além de ter que se preocupar que curso fazer, o estudante precisa ter em mente que tipo de curso pretende seguir. Há quatro opções de graduação: bacharelado, licenciatura, curso sequencial e curso tecnológico. A principal diferença, além do conteúdo, é o tempo que o aluno passa estudando: enquanto um bacharelado leva, em média, quatro anos para ser concluído, um curso tecnológico pode levar dois. O bacharelado, segundo o MEC (Ministério da Educação), é o curso superior que “confere ao diplomado competências em determinado campo do saber para o exercício de atividade acadêmica ou profissional”. A licenciatura, por sua vez, prepara o estudante para dar aula como professor na educação básica. Os dois costumam dividir boa parte do currículo, mas quem prefere a licenciatura pode ter matérias específicas, mais focadas em aspectos pedagógicos. Para dar aula nos anos finais dos ensinos fundamental e médio, o estudante precisa ter cursado uma área do conhecimento, como matemática, física ou letras. Um aluno formado em engenharia, por exemplo, não pode dar aula de química. O tempo de curso, seja bacharelado ou licenciatura, depende de cada instituição de ensino superior, mas, em média, um bacharelado leva quatro anos –período que pode ser ligeiramente maior no segundo caso. Os dois fornecem diploma. Cursos tecnológicos E os cursos que oferecem graduação em apenas dois anos? Esses são os chamados tecnológicos. Além do tempo reduzido, eles têm um objeto de estudo bastante específico. Por exemplo: não há um curso tecnológico de jornalismo, mas é possível encontrar um de fotografia. Como a carga de conteúdo é menor e mais centralizada, os estudos são mais focados. De acordo com o MEC, os cursos tecnológicos também conferem diploma aos concluintes. Como todo curso de graduação, é aberto a quem terminou o ensino médio (ou nível equivalente) e passou por algum processo seletivo.
Existem também os cursos sequenciais. O ministério não os considera como graduação e eles são voltados a quem já é formado em alguma área e procuram uma certa especialização. Há dois tipos: o de formação específica, que, se for reconhecido pelo MEC, pode conceder diploma; e o de complementação de estudos, que não tem esse poder.