quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Construtoras apostam na tecnologia para enfrentar a falta de mão de obra

São máquinas e ferramentas importadas, no lugar de alicates e das antigas pás de pedreiro. Até pernas mecânicas substituem andaimes.


A falta de mão de obra especializada na construção civil obrigou empresas a investir em tecnologia. O repórter Wilson Kirsche mostra algumas dessas inovações.

No duelo para enrolar o arame, Lucas é mais rápido no gatilho. Tiro certeiro da equipe que trocou os alicates pela ferramenta importada. “Prático e rapidinho”, contou ele.

Rapidez também na hora de montar as lajes. A estrutura de concreto, que antes era feita no alto do prédio, agora sobe prontinha. “Faz o complemento aqui no local e você ganha bastante tempo com o processo”. Com o sistema, a conclusão dessa etapa da obra baixou de oito para seis meses.

A novidade também vem pela escada. Com as pernas mecânicas, o operário não precisa mais do andaime para fazer a pintura.

Na fase de acabamento, o avanço também quase aposentou a antiga colher de pedreiro. O chapisco e o reboco das paredes agora são feitos por uma máquina, um projetor de argamassa. Água e cimento na dose certa, trabalho acelerado.

“Consegui melhorar muito o rendimento do serviço, dobrando até a produção da equipe”.
Andar por andar, a tecnologia invadiu os canteiros de obras. Investimento das construtoras para compensar a falta de mão de obra qualificada na construção civil.

“Então vai tirar gente da construção civil? Ao contrário. Você tem muita obra para fazer e você não conseguiu aumentar proporcionalmente a quantidade de pessoas”, afirmou o engenheiro Leonardo Schibelsky.

Sinal dos tempos que vai deixando antigos parceiros pelo caminho. “Não vou ter saudade não! Bem melhor a máquina”, brincou um operário.


Fonte: Jornal Nacional




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