Construção civil, indústrias de máquinas, fábricas de automóveis, gás e petróleo, alimentos e bebidas são setores que estão em plena expansão.
A falta de mão de obra qualificada é tão grande que as empresas estão
investindo na formação dos profissionais, apostando nos cursos técnicos.
Matheus Sobral Silva passa o dia inteiro operando máquinas. De manhã o
garoto de 15 anos estuda e à tarde trabalha como aprendiz em uma
fábrica.
Após dois anos, quando se formar, pode sair ganhando um salário
de R$ 1.400.
Segundo o Caged, do Ministério do Trabalho e o Senai, este é o valor
que as empresas pagam a um operador de máquinas recém formado em São
Paulo. Se chegar a engenheiro, o salário inicial de Matheus salta para
quase seis mil reais.
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No mercado de trabalho funciona assim, quanto mais escassa a mão de
obra, mais cara ela fica. Ainda mais em setores em plena expansão como o
da construção civil, o de gás e petróleo, e das indústrias de máquinas,
alimentos e bebidas e das fábricas de automóveis.
Um estudo do Senai aponta que 74% dos alunos saem dos cursos já
empregados. "É o mercado que diz: 'preciso de um profissional com tais
características'. Isso facilita muito a inserção pós curso, porque está
atrelada com demanda e oferta", comenta João Ricardo Santa Rosa, gerente
de educação Senai.
Para quem faz um curso técnico em construção civil, a pesquisa revela
que os maiores salários são pagos em Pernambuco (R$ 2.920) e Rondônia
(R$ 2.819).
Mato Grosso também aparece no topo dessa lista. Em Cuiabá, uma das
sedes da Copa do Mundo a construção civil está a todo vapor, nos ultimos
dois anos foram constratados 120.300 trabalhadores e ainda devem ser
criadas mais 10 mil vagas. Na capital o salário inicial para quem
termina o Ensino Médio e faz um curso técnico em construção civil pode
chegar a R$ 2.500. Já o de pedreiro e carpinteiro varia de R$ 1.200 a R$
1.500. As principais vagas são para mestre de obra, encarregado de
obra, eletricista, pintor, encanador e servente. O mercado de trabalho
está a procura de mão de obra qualificada.
As empresas da construção civil também pagam mais para quem concluiu
uma faculdade. O Distrito Federal paga salários acima dos outros
estados. A pesquisa feita pelo Senai, com base em dados do Ministério do
Trabalho apurou que um diretor de operação de obras em empresas de
construção civil no Distrito Federal pode chegar a ganhar até R$ 27 mil.
A Câmara Brasileira da Indústria da Construção afirma que os salários
mais altos são pagos pelas construtoras de grande porte. O Rio de
Janeiro vem logo depois e paga o segundo maior salário para quem exerce a
mesma função, R$ 16.445.
Em Pernambuco são os diretores de pesquisa e desenvolvimento que estão
ganhando bem, o salário chega a R$ 14.333. Em São Paulo, diretores
gerais podem receber R$ 12.434,64. Em Minas Gerais o crescimento das
indústrias de transformação, utilidade pública e extração estão mudando a
cara do mercado. Nestes setores, os salários também chegam a R$
12.203,31.
Na Bahia, a indústria extrativista, principalmente a mineral, está em
plena expansão. Só as indústrias que fornecem areia e brita para a
construção civil geram 15 mill empregos diretos e indiretos.
Engenheiros
de minas são profissionais muito disputados, o sala´rio médio é de R$
12 mil. As indústrias também têm carência de técnicos de mineração e
oferecem salários que podem chegar a R$ 3.500. Para o ano que vem,
previsão de mais cresceimento, segundo empresários do setor, o número de
vagas deve crescer 20% na indústrai extrativista mineral da Bahia.
Com delicadeza, a estudante de 16 anos, Renata da Silva Santos vai
lapidando as peças em ouro. Quando terminar a especialização em jóias
ela quer montar um negócio próprio. “Eu fui percebendo que tem várias
possibilidades. Eu pretendo criar um atelier podendo confeccionar minhas
próprias jóias por meio de softwares que hoje são específicos para
fazer jóias”.
Fonte: Jornal Nacional
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