sábado, 8 de janeiro de 2011

Brasil tem diversas áreas com sobra de vagas de emprego

O excesso de pessoas qualificadas acaba aumentando a concorrência entre os empregadores, que precisam oferecer salários mais altos e mais benefícios para garantir o funcionário.

 

No Brasil, o ano começou com ofertas de emprego. E nós mostramos, na segunda-feira, o quanto o setor de construção civil está aquecido. A repórter Larissa Castro mostra agora que há vagas sobrando também em muitas outras atividades.

Liane Alves Pimenta é supervisora de vendas de uma empresa de equipamentos eletrônicos e precisa de vinte vendedores. Mas as vagas não são preenchidas, mesmo com o salário de até R$ 3,5 mil.

Segundo ela, hoje, os candidatos qualificados contam com muitas ofertas e acabam negociando salários e benefícios com os possíveis empregadores. "Muitas vezes, eles acabam tendo opções, muitas opções de escolha, acabam ‘leiloando’ essas vagas", explica.

No estado de São Paulo, o ano começou com 33 mil vagas, principalmente no comércio e na indústria. Em Minas, são 25 mil. A maioria na construção civil.

O setor também faz aumentar o número de vagas em capitais como Curitiba, que conta com 1.025 vagas; Salvador, com 500; e Recife, que tem 1.250 vagas.

Só a cidade do Rio de Janeiro tem 2.5 mil vagas disponíveis, grande parte em serviços ligados ao turismo. Em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, são duas mil vagas. Para algumas, os candidatos desapareceram.

Há três meses, o administrador de pessoal Juscelino Ferreira dos Santos procura um porteiro para um condomínio. Ele diz que não é fácil achar, especialmente, um profissional que saiba mexer em equipamentos modernos.

"Hoje, o porteiro, no mínimo, ele tem que ter segundo grau completo, ter noções de informática, pra poder estar operando o sistema de segurança dos condomínios. Já houve um aumento de salário, mas, da mesma forma, o pessoal não se adequou ao serviço", conta.

Uma explicação para o sumiço de candidatos às vagas de porteiro está na construção civil. O setor bateu recordes de crescimento no último ano e faltou mão de obra. Atrás de melhores salários, muitos trabalhadores aprenderam a profissão e viraram pedreiros.

É o caso do pedreiro Evandro Moura da Cunha. Trabalhou como porteiro só por oito meses e mudou de ramo. "Para mim, foi bem melhor, em termos de salário. Já que é pra fazer, fui estudar, pra aprender mais", diz Evandro.

Para quem está determinado a trabalhar, janeiro é o mês da oportunidade. "Geralmente tem aquele paradigma: só depois do Carnaval, porque agora é férias. É férias pra algumas pessoas que trabalharam o ano inteiro. Então tem essa oportunidade pro ano que vem está de férias. Então, vamos trabalhar", explica a supervisora do PAT Rita Ribeiro Vieira.



Fonte: Jornal Nacional

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