No ano passado, a entrada líquida nas cadernetas de poupança somou quase R$ 39 bilhões. Na comparação com o ano passado, o aumento foi de 27%. A rentabilidade paga, porém, ficou em 6,9%, inferior a 2009.
A velha caderneta de poupança, velha no sentido carinhoso, mostrou novamente que é a marca mais popular do mercado financeiro.
Nem bem ficamos sabendo que o rendimento dela no ano passado foi um dos mais baixos da história e somos surpreendidos pelo anúncio do recorde na captação. Em 2010, a entrada líquida, depósitos menos retiradas, somou quase 39 bilhões. Na comparação com o ano passado, aumento de 27%. A rentabilidade paga em 2010, no entanto, ficou em 6,9%, abaixo dos 7,05% de 2009.
Essa é a rentabilidade bruta. Se descontar a inflação pelo índice do governo o ganho real é bem menor: 1,57%, um dos menores do mercado. Isso sem contar a inflação de dezembro que ainda não saiu. Por que, então, essa enxurrada de recursos na poupança? O fato de ela ser isenta de impostos é um atrativo, mas não explica tudo.
Para o economista André Perfeito, a resposta é a ascensão social de gente que chegou à nova classe média e passou a usar mais os bancos, tanto para crédito como para investir. Pela simplicidade, a poupança é uma porta de entrada.
“Mas acho que isso vai mudar. Eu acho que a gente tem espaço pra ao longo do tempo a população que acabou de entrar no mercado financeiro, conheça outros produtos e ai vai diversificar seus investimentos. É normal que isso aconteça ao longo do tempo”.
Fonte: Jornal da Globo
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