domingo, 9 de janeiro de 2011

Medida do BC para frear queda do dólar pode encarecer importados

A partir de abril, os bancos vão ter de depositar no BC 60% do valor das operações de venda da moeda americana que ultrapassarem US$ 3 bilhões.

 

Os consumidores estão com dúvidas: quem fez dívida em dólar vai pagar mais caro? O Banco Central anunciou medidas para frear a queda do dólar. O alvo foi os bancos, mas muita gente pode pagar essa conta.

O dólar já subiu na quinta-feira (6). É hora de controlar os gastos com viagens, produtos importados e as dívidas em dólar. Afinal, como bem lembrou ontem o novo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, o câmbio flutuante flutua para os dois lados. Então, é bom ter muito cuidado ao se endividar em moeda estrangeira. Com a medida, o governo espera enxugar do mercado quase US$ 7 bilhões.

Viagens para o exterior ou produtos importados mais acessíveis – isso pode mudar. “Aqueles cidadãos que fizeram compromissos em dólar consequentemente vão ter de pagar um pouquinho mais quando eles tiverem de liquidar esses compromissos assumidos”, afirma o economista Vander Lucas.

A medida anunciada pelo Banco Central tenta inibir a aposta que os bancos fazem na queda do dólar. Essa pressão ajuda a manter a cotação da moeda americana em baixa – e é isso que se quer evitar.

A partir de abril, os bancos vão ter de depositar no Banco Central obrigatoriamente 60% do valor das operações de venda da moeda americana que ultrapassarem US$ 3 bilhões. A mudança deve provocar uma redução no volume de dólares disponíveis no mercado e, consequentemente, alta na cotação.

O dólar já subiu: 0,77%. Fechou a quinta-feira (6) valendo R$ 1,68. Dá para dizer que vai continuar assim? “É muito difícil fazer alguma previsão do que vai acontecer daqui a três meses. A economia é muito dinâmica. Outros fatores podem estar influenciando, como influenciam no mercado de câmbio”, explica o diretor de política monetária do Banco Central, Aldo Luiz Mendes.

Bom para as empresas que exportam e que devem receber mais pelos produtos vendidos lá fora. Já as que têm dívida em dólar... “Empresas brasileiras têm de ter cautela quando assumem compromissos em moeda estrangeira. É bom lembrar que uma tendência do momento não quer dizer que vai se prolongar no tempo.”, declarou o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.

 

Fonte: Bom Dia Brasil

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