Pedalar e dançar podem ajudar a economizar energia. A tecnologia já está sendo usada no exterior e no Brasil para favorecer o meio ambiente.
Arregaçar as mangas, malhar, dançar... Atividade física faz bem para o
corpo e para a alma, mas também pode ter outra utilidade: produzir
energia elétrica. Esta tecnologia está sendo usada em baladas no
exterior e também no Brasil.
Com a pista cheia, mais de sessenta pessoas dançando e pulando geram
muita energia. A pista tem nove módulos, cada um deles montado sobre uma
mola. Quando as pessoas batem o pé no chão, o piso balança e aciona os
geradores de eletricidade, que acendem as luzes. Uma torre de medição
mostra quanto é produzido. “Com a pressão e o peso das pessoas, quanto
mais empolgadas elas estiverem, mais energia a gente vai gerar aqui”,
explica o mestre em ciências ambientais André Amaral.
A tecnologia - que surgiu em uma boate de Amsterdam, na Holanda, e hoje está em várias partes do mundo - produz eletricidade suficiente para garantir a luz e o som da festa. No Brasil, essa pista captou a energia de quem foi ao Rock in Rio. Em sete dias de evento, a pista de dança e um vídeo game que incentivava as pessoas a pedalar produziram seis mil watts – o suficiente para acender 500 lâmpadas fluorescentes ou para manter 50 televisores grandes ligados por uma hora.
A tecnologia - que surgiu em uma boate de Amsterdam, na Holanda, e hoje está em várias partes do mundo - produz eletricidade suficiente para garantir a luz e o som da festa. No Brasil, essa pista captou a energia de quem foi ao Rock in Rio. Em sete dias de evento, a pista de dança e um vídeo game que incentivava as pessoas a pedalar produziram seis mil watts – o suficiente para acender 500 lâmpadas fluorescentes ou para manter 50 televisores grandes ligados por uma hora.
O mesmo sistema pode ser usado em corredores de escola, shoppings e
terminais de ônibus de grande movimento. “Em alguns países já estão
fazendo isso, usando essa energia desperdiçada pelo movimento das
pessoas diariamente”, afirma André.
No Rio de Janeiro, uma bicicleta ergométrica com dupla função é usada
com esse objetivo. Além de emagrecer e deixar as pernas fortes, o
aparelho produz energia. Isso porque ela tem um gerador de eletricidade
embutido. Uma luz piscando mostra a energia que está sendo gerada. E por
causa disso, a bicicleta também funciona como um carregador de celular.
“O tempo que a bateria levaria para carregar na sua casa é o mesmo
tempo”, garante o especialista.
Nos Estados Unidos uma academia de ginástica também retira dos
aparelhos boa parte da energia que consome, aproveitando as aulas na
bicicleta para diminuir a conta de luz.
Assim como no Rio de Janeiro, as bicicletas foram especialmente adaptadas para transformar toda a energia dos alunos em eletricidade. Cada hora de aula significa uma economia de três quilowatts, a mesma quantidade de energia gasta por um forno de microondas usado por 60 minutos.
Em um mês, a energia gerada na sala chega a 288 quilowatts. Não é o
suficiente para zerar a conta de luz, mas já dá uma boa ajuda. O
equipamento que transforma as pedaladas em eletricidade fica no pé da
bicicleta. A cada uma delas um aparelhinho monitora as calorias
queimadas e a quantidade de energia criada pelo aluno. "Isso é muito
encorajador para os alunos e para mim também. É motivador para todos
nós, especialmente nos tempos em que vivemos. Leva a nossa aula de
ginástica para um nível diferente", relata o instrutor Rick Meadows.
Na Universidade Tecnológica do Paraná, uma bicicleta parecida é assunto
de aula. O professor de engenharia eletrotécnica Ednilson Maciel montou
o equipamento com materiais que iam para o lixo. Com ela, uma pessoa
pedalando pode iluminar uma casa pequena. O Brasil consome 36 mil
gigawatts de eletricidade por hora – 70% vêm das usinas hidrelétricas e
só 1% é gerado pelos ventos. A contribuição da energia solar é
praticamente zero.
Para o professor, é fundamental ampliar o uso de todas as fontes
alternativas de energia. Ele defende principalmente um novo conceito: as
usinas virtuais. “Usina virtual é aquela que não existe, mas que vem da
minha economia, da sua economia. Nós gastamos menos, com isso nós
produzimos um potencial que é o mesmo e atende mais pessoas”, explica.
Fonte: Jornal Hoje, exibido em 24/10/2011
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